Áreas de Atuação

Educação Médica

A área de Educação Médica da ANEM debruça-se e rege os seus trabalhos pelos três programas nacionais atualmente em vigor, sendo eles o Programa Nacional de Promoção da Qualidade Formativa Pré-Graduada, o Programa Nacional de Formação Médica Contínua e o Programa Nacional para a Formação Médica pós-Graduada e Profissionalização.

O seu objetivo recai sobre a formação Médica em Portugal, desde o ensino pré-graduado ao pós-graduado, identificando quais as suas principais lacunas, através da produção de estudos e de material intelectual, e delineando estratégias a implementar para que estas sejam colmatadas e ultrapassadas, sempre com os olhos postos na inovação e na melhoria da formação médica em Portugal.

Para além disso, pretende-se aproximar a comunidade estudantil das temáticas da área,  sensibilizando os estudantes para os problemas que a Educação Médica enfrenta atualmente e munindo-os de informação para que estes possam ter uma voz ainda mais ativa.

 Programas Nacionais

 

PROMOÇÃO DA QUALIDADE FORMATIVA PRÉ-GRADUADA

A lacunas existentes na qualidade da formação pré-graduada devem-se aos mais variados fatores, desde as condições de ensino que diferem nas várias Escolas Médicas, à falta de investigação em Educação Médica com consequente falta de caracterização do seu estado atual e também a fatores externos, como a pandemia causada pela COVID-19 que veio dificultar a dispersão dos estudantes em ambiente hospitalar e consequentemente diminuir a oportunidade de praticar gestos clínicos.

Assim, torna-se pertinente e urgente aumentar a investigação em Educação Médica em Portugal quer pelos estudantes quer por outras entidades e refletir sobre as condições pedagógicas oferecidas por cada uma das Escolas Médicas, tomando medidas concretas como a definição de uma lista de consenso sobre as competências nucleares para um recém graduado em Medicina deve ter adquirido ao longo do curso, entre outras.

Para saberes mais, consulta o Programa Nacional na Íntegra!

 

PLANEAMENTO DA FORMAÇÃO MÉDICA CONTÍNUA DE QUALIDADE

A formação Médica inicia-se no ensino pré-graduado e prolonga-se para o pós-graduado, sendo este modelo designado por continuum medical education, de acordo com a AMEE (Association for Medical Education in Europe). É então evidente a necessidade de uma articulação constante entre os responsáveis pelo ensino pré-graduado, dado pelas Escolas Médicas, sob tutela do MCTES (Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior), e os responsáveis pela formação pós-graduada, dada por diferentes instituições sob tutela do Ministério da Saúde.

Atendendo ao facto de que a formação de um médico só termina com a obtenção do grau de especialista, apenas possível na formação pós-graduada, constata-se que, devido à desarticulação entre os números do pré e do pós-graduado, centenas de médicos ficaram impedidos de terminar a sua formação nos últimos anos. Este problema poderá ainda ser agravado, devido à diminuição progressiva das capacidades formativas pós-graduadas, resultantes do crescente desinvestimento nos recursos humanos e materiais do SNS.

Assim, emerge a relevância deste ser encarado como um problema multifatorial, cuja resolução passará necessariamente por uma ação conjunta de todas as entidades envolvidas, procurando-se estabelecer uma maior articulação entre as políticas do Ensino Superior e as  políticas da Saúde.

Para saberes mais, consulta o Programa Nacional na Íntegra!

 

EDUCAÇÃO PARA A FORMAÇÃO MÉDICA PÓS-GRADUADA E PROFISSIONALIZAÇÃO

Ao longo do ensino pré-graduado, o estudante de Medicina recebe uma vasta formação de caráter clínico que o direciona para a prática clínica e o encaminha para a formação pós-graduada. No entanto, a sua vaga nesta não é garantida, pelo que tem vindo a aumentar a importância dada a outras saídas profissionais pelas quais o recém graduado também poderá optar. Ainda assim, apesar deste crescimento, estas são ainda desconhecidas pela maioria dos estudantes, em parte por não terem, praticamente, contacto com essas opções durante o curso.

Para além do desconhecimento em novas saídas profissionais, há também um desconhecimento sobre os trâmites exatos do acesso à formação especializada, sobre a Prova Nacional de Acesso e ainda sobre a classificação final de curso, a sua ponderação e normalização pelo que urge continuar a informar e esclarecer os estudantes nestas temáticas.

Para saberes mais, consulta o Programa Nacional na Íntegra!